
Você me odeia por ser eu, mas eu te amo por ser você.
Amor pela carne
Escárnio pelo amor
Você em mim
Nós.
Diogo E. de Castro
Quantas vidas vão te esperar no cais?
Quantas vozes vão te gritar por trás?
Quantas bocas vão se calar por vós?
Quantas mãos vão se atear fogo por nós?
Quantos homens e mulheres vão se indagar?
Quantas vezes eu vou te ver de novo?
Quantas vezes você vai viver?
Quantas vezes vou te amar?
Todas quantas eu puder.
É engraçado fazer parte disso tudo, mover peças, fazer perguntas, e ser questionado.
É desgraçado fazer parte disso tudo, matar pessoas, fazer sangrar e ser sangrado.
É sagrado fazer parte disso tudo, dar vida a outros, viver a vida de outros.
É questionável fazer parte disso tudo, afinal, dizem que é mundo.
Imundo. (sujo de pessoas)
Diogo E. de Castro
Que devaneios sejam ditos sem que me calem os ouvidos, que gestos sejam feitos, sem que me repreendam, que a vida seja verdadeira, e que mentiras sejam sós no filme, e que o amor seja bom, e que eu viva eternamente, e vista minha camiseta amarela e vá todos os dias ao campo tomar um banho de sol sem preocupar-se com a fome, o frio, e outras asperezas que nos rodeiam, e que não seja proibido sonhar outra vez.
Diogo E. de Castro
As verdades e desverdades num dia destes serão contadas, pessoas ficaram com seus rostos avermelhados por um dia terem omitido fatos, acontecimentos de outrem, normal, nós humanos, seres racionais, mentirmos, se não houvesse mentiras, a verdade de nada valeria, é bem verdade que todos mentimos, assim como o palhaço se diz alegre e sorridente nos picadeiros, fora deste, é mais um amargurado, que chora todas as noites num quarto escuro, nós também temos nossos momentos de lágrimas derramadas. È lindo chorar quando se é de verdade, sentimentos não devem ser mentidos, já que não se vêm, fica difícil acredita-los, pois tudo é muito palpável, e pouco amável nos dias de hoje, fácil seria se víssemos o amor, a dor, o tempo, e a mentira estampada no rosto dos outros, difícil seria encará-las verdadeiramente, já que o que muitos o fazem é disfarçar a verdade. Por isso vivendo estamos para contarmos, fazermos, ouvirmos, e vermos, verdades e mentiras acontecendo a todo o tempo, e não é por isso que devemos o fazer igual, ou será que todos somos iguais? Mentira, tem sempre um grão de feijão em meio os grãos de arroz, e já que estamos no meio da comida, porque não lembrarmos da separação do joio e do trigo, que pessoalmente acho patético, ou iremos separar mentirosos de não mentirosos? É isso, eu, você e sua mãe mentimos, acredite, é verdade.
Diogo E. de Castro