7 de fev. de 2008

Contenho-me pois assim, de limites será feita uma vida sem extremos e caídas e levantadas solitárias, perdidas pela noite alumiada por uma lua cheia de vazio num céu de estrelas brilhantes. Sem ricos, sem perigo, sem vida....
Pensando que no calor do sol, a luz do dia pode dar uma continuação a vida já inebriada pelo obscuro e sensato desprazer de ser ilimitado e imposto de não ter extremos e viver sempre no meio da estrada, sem correr, e sem cair em abismos desconhecidos pela mão e olhos a viajar...
Nesse mundo-precipício em que vivemos, não cair num destes, é não viver nele.
Retiro o que disse e vivo intensamente a minha solidão de sol e de lua.

Diogo Castro.

27 de dez. de 2007

Cântico da desilusão

Me justifico

Não me falta verbos!

Nem berros!

Da minha vida, tenho só o que quero

No caderno, um rabiscado não moderno

Um traço errado...

Hei de ter nos pés um futuro

Que nele esteja à morte

Para que tenha vida falecida

É hora de acordar e dar bom dia

De fingir que a vida foi vivida

De ferida não sentida

De mentira... De mentir

Na varanda de minha casa

Um jardim enflorecido

Mosquitos, moscas cigarros entro voz.

O cântico da desilusão

De paz

Um adeus

Um rapaz...





Diogo E. de Castro

24 de dez. de 2007

Pálida face
Estridente melodia de ninar
Embriagando emoções
Em seu terno despetalar

Noite aborrecida
Que chora ao cair da madrugada
Vozes que se apagam
Mentes que se calam
Um adeus, é ferida escondida
O temor de uma perda é como sangue na saliva.


Diogo E. Castro

14 de dez. de 2007

Rubra Pele

Rubra Pele...
Frente corpos soçobrando-se em pó
Chorando cinza numa ríspida luz amarelada
O silêncio frio e intenso do mesmo se fez infindo
Uma proliferação de cruzes, perdões e amores...
Uma vida de adoresConflitantes.

Diogo E. de Castro

19 de nov. de 2007

O vazio das coisas.


É indiferente...
Não pode ser preenchido, cheio demais
A demasiada palavra encanta mentes
Há limites entre razão e coração
Mas eu sei que eu, posso ir ao céu e ao inferno usando o palavrar.
E é justamente por isso, que me cuido na hora de abrir a boca se estiver de mente fechada.

17 de nov. de 2007

Na semana passada


Me lembro de ontem

Quando a ingenuidade estava quando abria a boca

Piscavam os olhos e os dentes sorriam

Queria não ter crescido tanto

E brincado de ser feliz mais um pouco.



Quando eu falava e as pessoas respondiam

Quando eu chorava e as pessoas acudiam

Quando eu sorria e as pessoas sorriam

Era diferente

Quimérico talvez ...


Diogo E. Castro

12 de nov. de 2007

A falta é a obstinação dos pobres de espírito.


Diogo E. de Castro